Quem me conhece melhor sabe que eu tenho um particular fascínio pelo mar: gosto do cheiro, do seu movimento e do som que produz.
Interessa-me pouco que a maresia seja, afinal, enxofre, feromonas sexuais das algas e bromofenol, um composto relacionado com o iodo; quando estou perto do mar, também não estou preocupado em verificar que as marés correspondem ao movimento que as águas realizam diariamente, as quais avançam e recuam, e que este fenómeno se dá por meio de forças gravitacionais que o Sol e a Lua exercem sobre a Terra, por isso existindo dois tipos de marés, a alta ou preamar e a baixa ou baixa-mar; muito menos quero saber que o som das ondas se chama marulho.
Quantas vezes já me lembrei de Marcos 4:1 (ARC), que diz que Jesus … outra vez começou a ensinar, junto do mar, e ajuntou-se a ele grande multidão, de sorte que ele entrou e assentou-se num barco, sobre o mar; e toda a multidão estava em terra, junto do mar.
Quando estou perto do mar, só me interessa usufruir da serenidade que sinto ao olhar para a imensidão da Criação, não raras vezes formulando ideias e projetos que, mais tarde, concretizo.
É à beira do mar que suficientemente percebo a divindade, mas também a Sua incompreensibilidade, dada a minha natureza humana ferida pelo pecado.
Durante os próximos quatro meses, querendo Deus, refletiremos acerca da existência eterna de um Deus que é três pessoas distintas, no qual cada uma
delas possui a inteira e simples essência de Deus: fá-lo-emos dependendo, não dos conceitos e das operações humanas sobre o universo, mas da aceitação do testemunho do próprio Deus na Sua Palavra inspirada e inerrante.
Encontro no mar criado por Deus a serenidade para enfrentar os múltiplos desafios da vida, a minha e a da igreja.
Encontro no mar criado por Deus a força para me focar no que precisa ser feito.
É contemplando o mar que, extasiado, sinto que o seu som não é barulho, é música!
Saibamos, com a graça de Deus, interpretar a Sua partitura, neste ano de 2024.