Se a história da humanidade é sublinhada por algumas catástrofes naturais, também o é por guerras, atentados, revoltas, imposições, desavenças, pilhagens, e um sem número de outros desvarios ditados pela ânsia do poder, da ganância e da prepotência, que provocam nos outros dor, sofrimento, tristeza e humilhação.
Porém, independentemente de todas essas conflitualidades, ocorreram certos espaços – no tempo e em lugares -, que se podem considerar harmoniosos, desenvolvidos, convergentes e de verdadeiros princípios afirmativos para a humanidade.
Se por Adão e Eva entrou o pecado no mundo, por sua vez foi Caim que contrariou a harmonia familiar, pecou através da violência física sobre o seu irmão Abel. E desde então, o homem persiste na desobediência a Deus, e não deixou de infligir dor nos demais, como se de meros objetos se tratasse.
Daí a necessidade de Deus ter enviado o Seu Filho ao mundo, para que por intermédio d’Ele tomar em si as dores na cruz, em favor da humanidade. Solução essa, impossível ao mundo, mas sim, em Jesus Cristo, que expressa o seu grande amor pela humanidade.
A Bíblia diz que quando um mestre da lei perguntou a Jesus: Qual é o maior mandamento? Jesus respondeu-lhe: “Amarás ao Senhor teu Deus de todo o coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento.” (Mateus 22:37)
Sem dúvidas que a resposta de Jesus, faz depender o cumprimento do mandamento do facto de se ter ou não amor. Sem amor tudo se torna vazio e destituído da harmonização alicerçada em Deus.
Essa harmonização, proporciona paz interior, sensibilidade no trato com os outros, adequado comportamento em função das situações: aceitação, ou rejeição do que convém fazer, concordância com a essência de Deus, e dependência absoluta da vontade de Deus.
Só assim se pode compreender como é que homens de Deus foram e são capazes, de dar a sua vida na pregação da Palavra. E muitos deles fizeram-no sem proferirem contestação e por amor aos perdidos, o que só é entendível pela consequência da harmonização interior proveniente de Deus.
Jesus em determinada altura proferiu o seguinte: “Mas a vós que ouvis, digo: amai a vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, bendizei, e orai pelos que vos caluniam. Ao que te ferir numa face, oferece-lhe também a outra; e ao que te houver tirado a capa, não lhe negues também a túnica.” (Lucas 6:27-29)
Jesus ao proferir tais palavras, introduziu o princípio da santidade, que se manifesta por atitude essencialmente pacificadora. Pretendeu quebrar a cultura do ódio, e da vingança, substituindo por uma cultura cordata e de bom-senso na solução dos problemas. O ódio, gera mais ódio! E a vingança, gera mais vingança!
É verdade que se vivem tempos de muita contestação e agressividade verbal, e física. E essas atitudes são muito difíceis de suportar. Mas, quantas das vezes o agressor não fica surpreso, ao obter por resposta uma atitude contrária da esperada?!
Sem dúvidas que uma atitude conciliadora, cordata e de bom-senso, pode funcionar como uma verdadeira gestão de conflitos.
Termino, lembrando Mateus 5:9 que refere o seguinte: “Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus.”
Graça e Paz!
Reginaldo Tavares