No início da Rua que levava à casa onde nasci, vivia uma senhora, ar austero, de seu nome Constância.
Tirando o facto de ser avó de uma menina mais ou menos da minha idade e que ela criara desde que nasceu, também com uma boa dose de austeridade, esta senhora foi sempre muito enigmática aos meus olhos de criança.
Era aquele nome austero, a lembrar a realeza, que chocava com a pessoa que o usava, vestida sempre de roupagem cinza escrupulosamente limpa e sombria!
Lembrei hoje de madrugada este nome! Pensei que Constância devia fazer parte do meu próprio nome, como garante da minha vida de mulher Cristã.
Durante muitos anos as igrejas visitavam-se em dias de aniversário. Nasci e cresci na Igreja Baptista de Tondela, que é irmã quase gémea da Igreja Baptista de Viseu. Escrever sobre os 22 de Março e 3 de Maio, daria um artigo ternurento do encontro de “entranháveis laços de amor” nestes nossos Aniversários.
Um dos momentos que nos faziam bem, era ouvir a leitura, ou testemunho presente, das saudações de outras igrejas que se juntavam alegremente àquele banquete espiritual.
Não raro um dos versículos mais enviados como saudação encontra-se em 1 Cor. 15:58 que diz assim: “Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor”.
Que mensagem! Que preciosa bagagem levávamos de volta para as nossas igrejas com esta exortação!
Foi por causa deste versículo que acordei hoje pensando na senhora Constância e no significado do seu “estranho” nome: – característica do que se mantém constante, firme, inabalável.
Aí Então eu pensei que deveria acrescentar ao meu nome já extenso, mais este, Constância, pois é tudo isso que o meu Deus deseja de mim. Que eu seja inabalável na minha fé, firme no desejo de LHE agradar, constante em toda a minha maneira de viver.
Estudei com os adolescentes no passado domingo, entre outros, o versículo que se encontra em Hebr. 10:24. “E consideremo-nos uns aos outros para nos estimularmos ao amor e às boas obras” .
O amor que me une a cada irmão deve incentivar-me a querer que ele seja constante ao meu lado. Se eu passar por alguém na rua que vai manquejando, eu devo pegar no seu braço e ajudar a suportar o peso do seu corpo.
E se eu vir um irmão que eu amo a titubear perdendo a força de ser constante? Aí eu devo ser constante pelos dois, dando-lhe o meu apoio para que ele se reanime e continue a caminhar junto a mim.
Talvez não seja tarefa fácil, mas Paulo o apóstolo, escreveu também: “Graças a Deus que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo.” (1 Cor 15:57)
“Senhor faz-me constante mais e mais na aprendizagem, no ensino e na vivência da Tua Palavra”.
Amém!
Madalena Úria