Exaltemos!

Entendemos por exaltação, normalmente, elevação, engrandecimento, e, humanamente, tendemos a dar valor a alguém ou a alguma coisa (o que é objeto de exaltação), mas, de igual forma ou até talvez com maior importância, a valorizar a nossa responsabilidade em escolher ou decidir, de acordo com os nossos padrões, quem ou o quê merece a nossa exaltação.
 
Isto leva a que, ensoberbados com as nossas virtudes, ou capacidades, ou razões, ou sabedoria, quantas vezes entendamos a exaltação a Deus subordinada aos nossos padrões, ao nosso momento de vida, ao nosso contexto cultural ou ao grau de satisfação com a nossa vida ou com “o que vamos buscar à Igreja”.
 
De facto, só com os olhos espirituais (Efésios 1:18), conseguimos deixar de olhar para a cruz ao nível humano (Judas entregou Jesus aos sacerdotes, os quais O entregaram a Pilatos, que O entregou aos soldados, que O crucificaram), para a vermos ao nível divino (O Pai entregou-O, e Ele Se entregou a Si mesmo para morrer por nós).
 
Ou seja, num trajeto completamente inverso às lógicas humanas, a exaltação de Cristo advém da Sua obediência, do Seu esvaziamento da condição divina, da Sua humilhação… embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens. E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até a morte, e morte de cruz! Por isso Deus o exaltou à mais alta posição e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai (Filipenses 2:5-11).
 
A nossa oração é que, ao longo deste mês, possamos encontrar na morte de Jesus, na Criação, na proteção de Deus, na nossa santificação e no nosso compromisso a garantia para viver de acordo com a bênção de pertencer à família de Deus, uma vida de discípulo de Cristo como centro, que, portanto, pratica a Palavra de Deus, valorizando a oração, a comunhão, e o testemunho, vivendo separado do mundo, firmado e servindo aos outros em amor.
 
Que cada um(a) de nós possa dizer, vivendo: Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riquezas, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e ações de graças (Apocalipse 5:12b).
 
Graça e Paz!

teocavaco
Licenciado em História e Mestre em Supervisão Pedagógica. Diretor do Centro de Formação de Associação de Escolas Beira Mar. Professor desde 1990. Casado com a Paula e pai do Marcos. Pastor da Igreja Evangélica Baptista da Figueira da Foz.
Quem é Jesus Cristo para ti?

Quem é Jesus Cristo para ti?

Um simples carpinteiro, um descontente com a situação que se vivia ao tempo, um anarquista, um rabi, um filósofo, um idealista, um bem-falante, um pedagogo, o Senhor, ou um homem comum?