Ao longo dos meses de setembro e outubro fomos “trilhando” a mensagem que Malaquias entregou ao povo de Israel – o mesmo povo que anos antes gritava por Deus, o mesmo povo que outrora foi conduzido à Terra Prometida.
O povo usufruía do amor de Deus – a cidade de Jerusalém foi reconstruída por Neemias, viu o templo a ser reerguido no tempo de Zorobabel, e, ainda, a ser restabelecido o culto e as festividades israelitas através do ministério de Esdras.
Em todo este trajeto somos testemunhas, através da Palavra Divina, da importância do amor de Deus pelo povo de Israel. São bênçãos atrás de bênçãos, porque o povo era obediente à Lei. A Obediência trazia bênçãos, trazia alívio e trazia paz!
Até que, acomodado ao sustento diário de Deus, e confiantes de si, o povo começa a negligenciar a fidelidade à Aliança com Deus e, quando surgem as dificuldades, surgem também as dúvidas acerca do cuidado de Deus e sobre o cumprimento da promessa. A prática do culto a Deus foi adulterada – deixaram de entregar o melhor e passaram a ofertar o que não era certo aos olhos de Deus. A desobediência à Lei tornou-se frívola e banal.
Há um claro afastamento e esfriamento espiritual do povo de Deus. A desobediência trouxe a maldição e o sofrimento sobre o povo.
Inconsciente e imprudente, o povo dilacerado lamenta, alegando que Deus os tinha abandonado…
É neste contexto que o profeta Malaquias entra na história do povo de Israel para denunciar a miséria, a degradação e identificar os pecados a que o povo se tinha entregue e apontar (profetizar) para a vinda do Messias, aquele que salvará o povo.
Malaquias diz que a adoração pura e o culto sincero são gestos da fidelidade ao Senhor e, não devem estar dependentes do “estado da nação” de Israel. Apela, ainda, ao arrependimento do povo e que volte à prática do culto que faz Deus sorrir, porque o reino de Deus seria restabelecido e que o culto a Deus se espalharia por todas as nações (Ml 1:11). Esta profecia começou a ser cumprida no ministério do Senhor Jesus e dos apóstolos e chegou até mim…até nós!
Ainda com os olhos em Malaquias, examino-me e à forma como tenho prestado culto a Deus! Será que o meu culto faz Deus sorrir?
Sinceramente, penso que ainda não estamos plenamente conscientes do que é prestar um verdadeiro culto a Deus! Convido-vos a ler o último livro do Velho Testamento, Malaquias – e, certamente, encontrarão muitas semelhanças com a realidade que vivemos no nosso dia a dia.
O povo de Israel encontrava sempre “muitas desculpas” para o seu desleixo e esfriamento na forma como prestavam culto a Deus.
Meus irmãos, saibam que são as mesmas que nós ditamos (a nós e aos outros) de forma rotineira.
Os tempos e os homens passam, mas as desculpas, essas…são as mesmas! E somos nós que as justificamos perante nós mesmos quando a consciência, Espírito Santo, nos incomoda.
Malaquias, para cada desculpa que o povo apresentava, respondia com o peso da Palavra do Senhor… que continua a ser o mesmo peso para nós!
A minha oração, para cada um de nós, é que o peso da Palavra nos incomode continuamente para que, no dia do juízo, o nosso fardo seja leve!
Graça e Paz
Paulucha