31 de dezembro de 2024.
Estava uma noite limpa, mas ventosa.
Nesta noite permaneço em casa. Gosto de sentir segurança, conforto e serenidade.
Foi o primeiro ano em que não me dei ao trabalho de traçar objetivos a alcançar em 2025, mas decidi reunir todos os meus barulhentos pensamentos num único objetivo: Ser Obediente.
1 de janeiro de 2025, começo a sentir o desejo de escrever algo que seja o marco/ a testemunha do processo de ensino – aprendizagem.
21 de janeiro deixei de procrastinar e estou, finalmente, a dedicar-me ao registo e organização das minhas ideias.
Decidi iniciar as minhas leituras pelo Juiz, escolhido por Deus para governar o povo de Israel. Leio Juízes 16:15-31.
O anúncio do nascimento de Sansão teve um contorno muito semelhante ao de Maria, mãe de Jesus – um anjo do Senhor apareceu à sua mãe, e disse-lhe que seria abençoada com um filho. Neste caso, a mãe era estéril. Os pais ficaram muito felizes com o milagre. E logo compreenderam que era importante orar ao Senhor, pedindo sabedoria para cuidar e educar a criança nos caminhos do Senhor. A realidade daquele tempo era em muito semelhante à nossa, a geração estava afastada dos caminhos de Deus.
Entre a família e Deus houve um compromisso: educar na Lei do Senhor. Foi feito o voto de nazireado, ou seja, consagrado ao Senhor ainda no ventre da sua mãe. Sansão nasceu, o seu nome significa “pequeno sol” e, neste tempo, o povo de Israel era oprimido pelos filisteus.
Nasceu de uma família estruturada, de uma família dedicada ao Senhor, mas o contexto não lhe dá a garantia de fidelidade.
Há muitos filhos que não seguem o caminho de fidelidade, de amor, de dedicação para com Deus. A dor dos pais é latejante!
Para adensar a história verdadeira de Sansão, no Velho Testamento, é importante esclarecer o que significa ser nazireu: não pode beber vinho, raspar a cabeça e tocar cadáver. Para além do voto, não era aconselhável apaixonar-se por uma mulher que pertencesse ao povo que os oprimia.
Sansão cresceu consciente do amor divino e do amor familiar. Cresceu na sabedoria de Deus. Até aqui passava tempo com os pais e ouvia o Senhor.
Tornou-se um homem forte, talvez belo, e o pequeno sol começou a desviar o seu olhar.
Apaixonou-se pela mulher errada. Não ouviu o conselho do pai. Casou e proporcionou uma festa regada de vinho. Foi traído pela mulher ao revelar o segredo de uma advinha na própria festa do casamento. Tomado pela fúria, matou trinta homens filisteus, e ateou fogo ao rabo de trinta raposas, largando-as nos campos dos filisteus para que os queimassem.
Sansão não protegeu o seu coração. Foi desobediente.
A lição não foi interiorizada e logo se apaixonou por Dalila, outra mulher Filisteia. Ela queria ver o seu povo vencer. Seduziu Sansão e teve acesso à informação mui preciosa: a sua força está nos fios de cabelo. As sete tranças foram cortadas. Sansão foi preso. Foram-lhe vazados os olhos. Foi levado para o meio de mil filisteus para que estes se divertissem com a sua miserável figura. Preso a duas colunas gigantes do palácio e com o seu coração consciente da desobediência ultrajante. Grita angustiado, em suplica arrependida a Deus, pedindo perdão e forças.
Deus restitui-lhe as forças e as correntes que amarravam e esticavam os seus braços unem esforços para derrubar o palácio.
Sansão morreu e com ele mil filisteus.
Este foi o preço das escolhas da desobediência, as que não agradavam a Deus.
Quero suplicar diariamente a Deus que me dê sabedoria para aplicar o conhecimento e fazer escolhas que revelem a minha dependência e a minha obediência a Deus.
O meu objetivo é aprender a viver em obediência em 2025.
É o meu compromisso.
Paulucha
26/01/2025