REFLEXÃO – Seminário -Módulo: “Vida Pessoal com Deus”

Professor: Teotónio Paulo de Jesus Cavaco

Partir do princípio de que o meu relacionamento com Deus é saudável e, portanto, não haveria necessidade de abordar o conteúdo do módulo, é uma conclusão que, no final, veio a revelar a minha imaturidade espiritual.

Como mulher cristã, muitas vezes, tenho a ousadia de anuir que Deus controla todas as áreas da minha vida, mesmo que não exista a mesma reciprocidade ao nível da dedicação do tempo, das atitudes e do pensamento que dedico a Deus. Deus é eternamente fiel, amoroso e cuidador, portanto não tenho de me preocupar… Ele está sempre presente, não importa que eu não esteja. Há um investimento desequilibrado que contribui para o empobrecimento espiritual e relacional.

Hoje, concluído o módulo – Vida Pessoal com Deus, tenho consciência que a minha atitude sobranceira leva a um nível de relacionamento medíocre e superficial, usufruindo da salvação (posicional – adquirida por direito), mas não conhecendo, nem desfrutando da justiça e dos frutos de quem vive numa constante prática de obediência a Deus, ou seja, não fruindo da paz e do gozo da vida eterna (santificação – prática diária) que comecei a viver no momento em que aceitei a Jesus, o Cristo, como meu Salvador, Advogado e Juiz perante Deus.

A abordagem destes conteúdos levou-me a uma esquematização profunda do que é ter um relacionamento sério e comprometido com Deus.

Quando iniciamos um relacionamento, adaptamo-nos ao outro e, por vezes, somos convidados a modificar a nossa forma de pensar, de falar, de agir e de objetivar a vida porque deixamos de estar sós e, passamos a ser dois. Ao comprometermo-nos com alguém, estamos a dizer que estamos disponíveis para investir, para dedicar, para sacrificar o que sou, o que possuo pelo outro. É impossível continuarmos a ser quem somos quando assumimos um compromisso.

É assim no namoro, é assim no casamento, é assim desde que nasce um filho. Deveria ser assim quando assumimos um compromisso com Deus, quando declaramos que Jesus é o Cristo que morreu por mim, mas a verdade é que não existe o mesmo nível de investimento e de comprometimento com Deus, fica, invariavelmente para segundo plano…
A vida a dois é um processo relacional em que a prioridade deve ser a de conhecer o outro de forma a priorizar a felicidade mútua; deve ser um caminhar ritmado, constante e alegre. Assim deveria ser o nosso relacionamento com Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo.

Deus deu-nos a possibilidade de estar em comunhão diária com Ele, através do Seu Filho encarnado. Deus deixou-nos a Palavra para que O pudéssemos conhecer em pormenor de forma a limarmos as nossas imperfeições e transformarmos o nosso carácter para refletir (a todos os que nos rodeiam) quem Ele é. Deus deixou-nos o Espírito Santo que nos consola e nos capacita para obedecermos e crescermos espiritualmente.

Compreendo que o meu relacionamento não pode ser empírico, metafísico e/ou baseado em emoções momentâneas e oportunistas. A minha vida espiritual tem de estar baseada no alvo final: Entrar na glória e Viver eternamente na presença de Deus.

Compreendo que Deus fez tudo por mim! Não compreendo porque não faço tudo por Ele!!

Este módulo ajudou-me a interiorizar e a consolidar o que devo saber e o que devo fazer com o compromisso mais importante da minha vida. Sou salva, tenho fé e acesso à Palavra, o Espírito Santo habita em mim, só me resta, então, cooperar em obediência com determinação e seriedade no processo de santificação até chegar o dia final, a minha morte terrena para a minha vida eterna, aguardando a segunda vinda para ver a Jesus.

Gostaria de chegar ao fim da minha carreira e poder dizer as mesmas palavras de Paulo em 2 Timóteo: “Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé”.

Graça e Paz
Paula Cavaco
Boletim N.º 1057 – 21/07/2024

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