Cremos na inerrância e na infalibilidade do texto sagrado, todo inspirado e, portanto, proveitoso para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra (2 Tm 3:16,17).
Assim, sermos uma Igreja bíblica implica, entre outras, a certeza de que a Bíblia é A autoridade na sua condução nos assuntos relativos à doutrina, ao culto, à vida.
Iniciamos hoje um percurso reflexivo, ao domingo de manhã, sobre os relacionamentos novos em Cristo, nas suas múltiplas formas e desafios, a partir da compreensão, em primeiro lugar, de que a triunidade de Deus é o paradigma do relacionamento, existindo eternamente em amor perfeito, em unidade e em relação perfeita entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
Nós fomos criados à imagem e à semelhança de Deus, e portanto nascemos com uma necessidade intrínseca de nos relacionarmos, uns com os outros e com Ele (Gn 1:27).
Mas o pecado implica danos verticais (o nosso relacionamento com Deus) e horizontais (o nosso relacionamento uns com os outros); por causa do pecado (Gn 3), todos ficamos naturalmente separados da glória de Deus (Rm 3:23), e a nossa rebelião contra a autoridade da palavra dada por um Deus soberano vai levando ao transtorno que se torna, para muitos, as relações entre os pares e a sua vida, em geral, por causa da ausência de comunhão com Deus.
Acreditamos que o evangelho é a resposta de Deus ao pecado: o que Ele prometeu a Adão e aos seus descendentes, através do pacto feito com a humanidade ao prometer um intermediário, um Salvador, foi cumprido em Jesus Cristo, que viveu uma vida sem pecado e deu a vida, na cruz, para perdoar os pecados de todos os que, pela graça, coloquem a sua fé nele.
Esta é a essência teológica de todos os relacionamentos: que só através da cruz podemos restaurar os nossos relacionamentos uns com os outros e a relação mais importante de qualquer ser humano, o nosso relacionamento com Deus.
Graça e paz!
Pr. Teo Cavaco