“Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o Seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas…” [Romanos 1:20]
Qual o adulto que não tem boas recordações das longas férias de Verão da sua infância? Este é um período em que são geradas memórias para uma vida inteira! Mas os tempos mudam e atualmente, na nossa sociedade ocidental, assistimos a fortes e rápidas mudanças do contexto económico e cultural do núcleo familiar, pelo que para os pais conseguirem gerir hoje este “longo” período de 2 meses, com o seu ”horário e responsabilidades profissionais, na maioria sem possibilidade de ter o apoio pilar dos avós, é uma preocupação…
Por isso, surgiu a ideia de proporcionar um dia e memória diferente nestas férias às nossas crianças… sabendo que, quando fazemos os filhos sorrir, os seus pais também sorriem!
Aproveitando os recursos que temos por perto, na manhã da passada 2.ª Feira (dia 12), 4 carros com 11 crianças e 6 adultos acompanhantes, rumaram até ao Parque Zoológico Europaradise em Montemor-o-Velho!
O momento da chegada foi registado com uma foto obrigatória à entrada do portão para lembrar na posteridade!
Mas uma foto não grava o som de alegria e emoção que ecoava das crianças que de imediato se fez repercutir por todo o parque, assim que viram os primeiros animais! Tal era a euforia que o responsável ouviu no fundo do parque e veio avisar com receio… – Cuidadoooo, não assustem os animais!!!
Com risos estampados nas faces e cheio de empolgação infantil, o início do percurso começou pelos animais de pequeno porte: macaquinhos de tamanhos e espécies variadas que nos faziam relembrar os filmes “Madagáscar” e “As aventuras de Indiana Jones”, lémures, porco espinho, entre outros (para saber mais, é necessário visitar).
Mas a exploração do parque pelas crianças e adultos (de outras nacionalidades) não se limitou apenas ao reino animal! Amoras silvestres foi o 1.º aperitivo a seguir ao pequeno almoço!
Soube a pouco! Também encontrámos arbustos de Physalis e outros arbustos parecidos com azevinhos e bolotas, esses últimos não digeridos, pelo sim, pelo não, nunca comer o que não se conhece bem!
A seguir entrámos na ala das aves, das quais destaco os lindos pavões! Muitos procuraram o tesouro, mas poucos foram os que conseguiram apanhar uma belíssima pena de pavão, brilhante e com desenho natural maravilhoso! Foi lindo apreciar o amor com que uma das crianças guardou essa preciosa pena com o máximo de cuidado durante o resto do percurso, para poder presentar a sua mãe quando chegasse da viagem!
Na 1.ª parte do percurso a descer, vimos ao vivo dois primos do rei da Selva: dois tigres, um branco e o outro às riscas. O seu tamanho XXL e fama de caçadores carnívoros, põe o nosso instinto humano em modo de defesa, respiração lenta e passos pequeninos ao aproximar-nos… mas a sua mansidão, leva que até uma criança seja conduzida até à proximidade máxima permitida…
Mas imaginem a nossa surpresa, quando pouco tempo depois, o senhor do Zoo nos informou que aquele grande tigre branco…afinal ainda não era sequer adulto!!!
Depois de uma breve paragem para descanso e lanche, pois o meio-dia aproximava-se… iniciámos a 2.ª fase do percurso. Avistámos um grande campo de avestruzes cheio de ovos gigantes por todo o lado… aprendemos que não vale a pena o risco de apanhar um ovo de avestruz, porque são aves engraçadas, mas pouco amigáveis!
Este zoo tem também uma ave (fêmea) – o Casuar, que está em extinção e que é considerada a ave mais perigosa do mundo. Se pesquisarmos na net, saberemos que o Casuar desempenha um papel vital no ecossistema da floresta tropical porque são cruciais na regeneração e na dispersão de sementes de mais de 70 espécies de árvores de frutos, evidenciando que a natureza é um sistema interligado entre si criado por uma sabedoria que não conseguimos alcançar, e não uma evolução ou explosão ao acaso (Teoria do Big Bang), como ensinam erradamente às nossas crianças nas escolas.
Deliciámo-nos com as muitas histórias sobre o Casuar contadas pelo responsável que se encontrava ali naquele momento!
A subida final do percurso, com alguns sinais de cansaço, não diminuiu as emoções! Vimos ainda cangurus, zebras, lamas, veados, renas, entre outros. Com muita pena de um menino em especial, já não foi possível ver as Capivaras, pois a tempestade Leslie em Outubro de 2018, matara estes pequenos roedores, assim como as girafas deste parque e mais cerca de 4 dezenas de animais… mas ainda assim, este parque permite-nos hoje conhecer muitos animais, a um preço muito acessível a toda a população, que de outro modo nunca teria possibilidade de ver ao vivo porque os seus habitats naturais estão em continentes muito distantes.
Após esta visita, tal como Deus disse no 6.º dia da Criação quando criou os animais terrestres, acho que todos os visitantes poderão afirmar: “E viu Deus que isso era bom.” (Genesis 1:25).
Findo esse dia, eu confesso-vos que senti um misto de sentimentos, feliz por um lado pelos momentos bons, mas por outro, com uma nota de “insuficiente”, pois aquelas horas foram apenas uma gota muito pequenina do nosso tempo que as nossas crianças necessitam e merecem!
Sónia Lopes